154 páginas deliciosamente lidas, 156 páginas ansiosamente a serem! Ensaio sobre a cegueira - José Saramago (1998 - prêmio Nobel de Literatura)
O livro mostra o colapso de uma sociedade que está enfrentando uma epidemia de cegueira. A profunda humanidade dos que cegam, com suas necessidades, fraquezas e limitações quando o sentido físico os deixam.
Com o roteiro baseado no livro, Fernando Meirelles dirigiu seu quinto longa: Blindness. O filme abriu o festival de Cannes deste ano.
Fico então na expectativa da estréia, como quem espera a chegada de um ente querido!
Blog de produção do filme: http://blogdeblindness.blogspot.com/
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=azLX4jjngpY&feature=related
Meu intuito.
"Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo." Caetano Veloso
terça-feira, 12 de agosto de 2008
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Repentinamente
Dias destes existia uma coisa em mim que apertava meu coração e encharcava meu travesseiro.
Mas não sei se por um golpe de sorte, por fé, por esforço, por merecimento, por necessidade ou instinto de sobrevivência, quando dei por mim, o sono estava mais fácil, os dentes estavam de fora e as sobrancelhas separadas. Puf! Eu estava feliz!
Quando percebi, mesmo sozinha, tentei disfarçar, afinal de contas, não pega bem.
Felicidade - está aí um negócio que, como um segredo, só se conta para os mais íntimos. E, ainda assim, com muito cuidado.
Talvez em alguns momentos apareça uma ponta de saudade - às vezes, muitas vezes, os sentimentos não se cansam – mas sei que vai passar, da mesma forma que quis entrar na minha vida, repentinamente, da mesma forma que saiu dela, repentinamente, fico tranqüila com a certeza de que essa tal saudade que aparece vez em quando também passa, repentinamente.
Mas não sei se por um golpe de sorte, por fé, por esforço, por merecimento, por necessidade ou instinto de sobrevivência, quando dei por mim, o sono estava mais fácil, os dentes estavam de fora e as sobrancelhas separadas. Puf! Eu estava feliz!
Quando percebi, mesmo sozinha, tentei disfarçar, afinal de contas, não pega bem.
Felicidade - está aí um negócio que, como um segredo, só se conta para os mais íntimos. E, ainda assim, com muito cuidado.
Talvez em alguns momentos apareça uma ponta de saudade - às vezes, muitas vezes, os sentimentos não se cansam – mas sei que vai passar, da mesma forma que quis entrar na minha vida, repentinamente, da mesma forma que saiu dela, repentinamente, fico tranqüila com a certeza de que essa tal saudade que aparece vez em quando também passa, repentinamente.
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Tempo, tempo mano velho!
Lendo o blog de minha amiga Ligia Scalise, que por sinal é a aniversariante de hoje (Eeeee!), passei meus olhinhos pela lista dos blogs favoritos dela e lá estava o meu, com as letras miúdas abaixo do título denunciando o meu desleixo: 3 semanas atrás. Este é (era!) o tempo de minha última atualização. Vergonhoso!
O fato é que os dias andam um tanto quanto nebulosos e falta-me a coragem para abrir a cortina dos pensamentos. Na verdade, faltam-me coragem e certeza! Como uma boa capricorniana, gosto das certezas.
Por enquanto, calo a voz: tudo penso, nada falo. Triste, mas dolorosamente necessário.
O fato é que os dias andam um tanto quanto nebulosos e falta-me a coragem para abrir a cortina dos pensamentos. Na verdade, faltam-me coragem e certeza! Como uma boa capricorniana, gosto das certezas.
Por enquanto, calo a voz: tudo penso, nada falo. Triste, mas dolorosamente necessário.
terça-feira, 8 de julho de 2008
Namastê! Sawabona!
Namastê é uma saudação comum no sul da Ásia. Eles acreditam ser a forma mais digna de cumprimento de um ser humano para outro: "O Deus que há em mim saúda o Deus que há em ti".
Sawabona é uma saudação usada no sul da África e quer dizer "Eu te respeito, eu te valorizo, você é importante para mim". Em resposta as pessoas dizem Shikoba que significa "Então eu existo para você".
Sawabona é uma saudação usada no sul da África e quer dizer "Eu te respeito, eu te valorizo, você é importante para mim". Em resposta as pessoas dizem Shikoba que significa "Então eu existo para você".
Então, Namastê e Sawabona queridos amigos que aqui me lêem, sinto-me engrandecida por tê-los como companheiros de evolução nesta passagem!
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Meu coração vagabundo quer guardar o mundo em mim!
Vivendo no mundo feminino, de muitas dúvidas, contradições e neuroses, percebi que é muito possível gostar de mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Sim, parece desonesto, eu diria que até pervertido, mas se deixarmos de lado a hipocrisia veremos que não é tão difícil isso acontecer (talvez no mundo dos meninos também, mas sobre esse não posso falar com tanta ciência).
O que acontece é que em nossa cultura monogâmica isto não é permitido. Então colocamos nossos targets na balança e decidimos qual história queremos viver: “eu renuncio a este amor para viver este outro amor”. Sim, porque nos dois casos trata-se de Amor! Amores distintos, em formatos diferentes, mas ainda sim Amores!
Na querência dos amantes caberia o mundo, no entanto é preciso escolher um único lugar para se viver. Veja aquele lugarzinho que lhe pareça mais aconchegante, que tenha uma boa paisagem e vibre boas energias. Que seja seguro e entusiasmante. Um lugar que você realmente queira estar e sinta-se à vontade em escolhê-lo para ser seu.
Aí então, no momento em que você se sentir confortável em sua pele por estar vivendo aquela história, naquele momento, você poderá tirar o peso de ter renunciado aquele outro lugar, na cidade vizinha.
Obs.: Post dedicado a duas amigas-irmãs. Elas saberão que são elas!
“Meu coração não se cansa
de ter esperança
de um dia ser tudo o que quer
(...)
Meu coração vagabundo
quer guardar o mundo em mim”
Caetano Veloso
O que acontece é que em nossa cultura monogâmica isto não é permitido. Então colocamos nossos targets na balança e decidimos qual história queremos viver: “eu renuncio a este amor para viver este outro amor”. Sim, porque nos dois casos trata-se de Amor! Amores distintos, em formatos diferentes, mas ainda sim Amores!
Na querência dos amantes caberia o mundo, no entanto é preciso escolher um único lugar para se viver. Veja aquele lugarzinho que lhe pareça mais aconchegante, que tenha uma boa paisagem e vibre boas energias. Que seja seguro e entusiasmante. Um lugar que você realmente queira estar e sinta-se à vontade em escolhê-lo para ser seu.
Aí então, no momento em que você se sentir confortável em sua pele por estar vivendo aquela história, naquele momento, você poderá tirar o peso de ter renunciado aquele outro lugar, na cidade vizinha.
Obs.: Post dedicado a duas amigas-irmãs. Elas saberão que são elas!
“Meu coração não se cansa
de ter esperança
de um dia ser tudo o que quer
(...)
Meu coração vagabundo
quer guardar o mundo em mim”
Caetano Veloso
quarta-feira, 25 de junho de 2008
sexta-feira, 20 de junho de 2008
O Drummond e a Pati
O poeta Drummond escreveu que "no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho".
Mas se ele tivesse conhecido minha amiga Patrícia Rodrigues, decerto escreveria: No meio do caminho tem uma história mal resolvida, há sempre uma história mal resolvida no meio do caminho.
Mas se ele tivesse conhecido minha amiga Patrícia Rodrigues, decerto escreveria: No meio do caminho tem uma história mal resolvida, há sempre uma história mal resolvida no meio do caminho.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
No trem
No trem, um dia nunca é igual ao outro.
Não somente pelas surpresas que a CPTM oferece como “avarias no material rodante”, o que faz com a operação fique mais lenta, o que faz com que acumulem passageiros nas plataformas, o que faz com que o mar de gente te impeça de chegar até a porta do trem (isso quando a porta do trem não está suficientemente entupida de gente, o que faz com que você nem tente chegar até ela) e, finalmente, o que faz com que o seu dia comece com muita emoção (até demais para o meu gosto!)
No trem, um dia nunca é igual ao outro, porque sempre há pessoas diferentes, com histórias diferentes, mas que de certa forma, criam uma unidade no mínimo interessante. As pessoas interagem. Entre elas, ou com o ambiente. Algumas conversam com amigos (e sempre tem um terceiro pescando a conversa), algumas fazem suas leituras. Tem sempre alguém que aproveita o tempo para recuperar o sono perdido e outro que só observa a paisagem ou analisa o intenso tráfego da marginal, enquanto aproveita para pensar na vida.
É interessante perceber como a desigualdade reflete também nas estações. As estações Osasco, Ceasa, tão desprovidas de estrutura e beleza enquanto outras como Vila Olímpia, Morumbi com tanto glamour, cercadas de belos prédios empresariais, arranha-céus imponentes, com gente engravatada e apressada.
O trem tem como finalidade exclusiva o transporte de seus passageiros, mas pode ser, também, um bom negócio, para não dizer um meio de sobrevivência. Driblando a fiscalização, vende-se de tudo no trem: de bala a cortador de unhas.
Tudo isso à margem de um rio, o Pinheiros, que dizem sem vida, mas, de repente, eis que surge uma capivara ou uma garça à sua margem! Em alguns momentos, há bastante tempo para observar essas vidas, pois vez ou outra o trem pára no meio do caminho, entre uma estação e outra e não há o que fazer, senão esperar.
Na volta, no horário de pico, andar de trem é uma aventura. Não é preciso esforço nenhum para entrar. Basta deixar-se levar. O corpo vai para um lado, a bolsa vai para o outro, mas, no final, se reencontram.
No trem, por mais lotado que esteja sempre há espaço para mais um, mais uma história. Aliás, história é o que não falta (mais para frente quem sabe eu dedique um post só com histórias que já vivi e ouvi!).
Os trens partem e as histórias seguem e eu continuo a observar estas pessoas, seus gestos e suas atitudes, brincando de adivinhar a vida do outro. Quantas histórias de vida. Quantas vidas anônimas.
“Todos os dias é um vai e vem
Não somente pelas surpresas que a CPTM oferece como “avarias no material rodante”, o que faz com a operação fique mais lenta, o que faz com que acumulem passageiros nas plataformas, o que faz com que o mar de gente te impeça de chegar até a porta do trem (isso quando a porta do trem não está suficientemente entupida de gente, o que faz com que você nem tente chegar até ela) e, finalmente, o que faz com que o seu dia comece com muita emoção (até demais para o meu gosto!)
No trem, um dia nunca é igual ao outro, porque sempre há pessoas diferentes, com histórias diferentes, mas que de certa forma, criam uma unidade no mínimo interessante. As pessoas interagem. Entre elas, ou com o ambiente. Algumas conversam com amigos (e sempre tem um terceiro pescando a conversa), algumas fazem suas leituras. Tem sempre alguém que aproveita o tempo para recuperar o sono perdido e outro que só observa a paisagem ou analisa o intenso tráfego da marginal, enquanto aproveita para pensar na vida.
É interessante perceber como a desigualdade reflete também nas estações. As estações Osasco, Ceasa, tão desprovidas de estrutura e beleza enquanto outras como Vila Olímpia, Morumbi com tanto glamour, cercadas de belos prédios empresariais, arranha-céus imponentes, com gente engravatada e apressada.
O trem tem como finalidade exclusiva o transporte de seus passageiros, mas pode ser, também, um bom negócio, para não dizer um meio de sobrevivência. Driblando a fiscalização, vende-se de tudo no trem: de bala a cortador de unhas.
Tudo isso à margem de um rio, o Pinheiros, que dizem sem vida, mas, de repente, eis que surge uma capivara ou uma garça à sua margem! Em alguns momentos, há bastante tempo para observar essas vidas, pois vez ou outra o trem pára no meio do caminho, entre uma estação e outra e não há o que fazer, senão esperar.
Na volta, no horário de pico, andar de trem é uma aventura. Não é preciso esforço nenhum para entrar. Basta deixar-se levar. O corpo vai para um lado, a bolsa vai para o outro, mas, no final, se reencontram.
No trem, por mais lotado que esteja sempre há espaço para mais um, mais uma história. Aliás, história é o que não falta (mais para frente quem sabe eu dedique um post só com histórias que já vivi e ouvi!).
Os trens partem e as histórias seguem e eu continuo a observar estas pessoas, seus gestos e suas atitudes, brincando de adivinhar a vida do outro. Quantas histórias de vida. Quantas vidas anônimas.
“Todos os dias é um vai e vem
a vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
(...)
A plataforma dessa estação
é a vida desse meu lugar...”
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
(...)
A plataforma dessa estação
é a vida desse meu lugar...”
quarta-feira, 18 de junho de 2008
De volta para o meu blog!
Eu voltei, agora pra ficar...porque aqui, aqui é meu lugar!
Tempos de correria e preguiça, em proporções iguais...mas cá estou eu de volta ao meu blog!
Sejam re-bem-vindos! (se é que existe isso)
Tempos de correria e preguiça, em proporções iguais...mas cá estou eu de volta ao meu blog!
Sejam re-bem-vindos! (se é que existe isso)
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