Vivendo no mundo feminino, de muitas dúvidas, contradições e neuroses, percebi que é muito possível gostar de mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Sim, parece desonesto, eu diria que até pervertido, mas se deixarmos de lado a hipocrisia veremos que não é tão difícil isso acontecer (talvez no mundo dos meninos também, mas sobre esse não posso falar com tanta ciência).
O que acontece é que em nossa cultura monogâmica isto não é permitido. Então colocamos nossos targets na balança e decidimos qual história queremos viver: “eu renuncio a este amor para viver este outro amor”. Sim, porque nos dois casos trata-se de Amor! Amores distintos, em formatos diferentes, mas ainda sim Amores!
Na querência dos amantes caberia o mundo, no entanto é preciso escolher um único lugar para se viver. Veja aquele lugarzinho que lhe pareça mais aconchegante, que tenha uma boa paisagem e vibre boas energias. Que seja seguro e entusiasmante. Um lugar que você realmente queira estar e sinta-se à vontade em escolhê-lo para ser seu.
Aí então, no momento em que você se sentir confortável em sua pele por estar vivendo aquela história, naquele momento, você poderá tirar o peso de ter renunciado aquele outro lugar, na cidade vizinha.
Obs.: Post dedicado a duas amigas-irmãs. Elas saberão que são elas!
“Meu coração não se cansa
de ter esperança
de um dia ser tudo o que quer
(...)
Meu coração vagabundo
quer guardar o mundo em mim”
Caetano Veloso
Meu intuito.
"Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo." Caetano Veloso
sexta-feira, 27 de junho de 2008
quarta-feira, 25 de junho de 2008
sexta-feira, 20 de junho de 2008
O Drummond e a Pati
O poeta Drummond escreveu que "no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho".
Mas se ele tivesse conhecido minha amiga Patrícia Rodrigues, decerto escreveria: No meio do caminho tem uma história mal resolvida, há sempre uma história mal resolvida no meio do caminho.
Mas se ele tivesse conhecido minha amiga Patrícia Rodrigues, decerto escreveria: No meio do caminho tem uma história mal resolvida, há sempre uma história mal resolvida no meio do caminho.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
No trem

No trem, um dia nunca é igual ao outro.
Não somente pelas surpresas que a CPTM oferece como “avarias no material rodante”, o que faz com a operação fique mais lenta, o que faz com que acumulem passageiros nas plataformas, o que faz com que o mar de gente te impeça de chegar até a porta do trem (isso quando a porta do trem não está suficientemente entupida de gente, o que faz com que você nem tente chegar até ela) e, finalmente, o que faz com que o seu dia comece com muita emoção (até demais para o meu gosto!)
No trem, um dia nunca é igual ao outro, porque sempre há pessoas diferentes, com histórias diferentes, mas que de certa forma, criam uma unidade no mínimo interessante. As pessoas interagem. Entre elas, ou com o ambiente. Algumas conversam com amigos (e sempre tem um terceiro pescando a conversa), algumas fazem suas leituras. Tem sempre alguém que aproveita o tempo para recuperar o sono perdido e outro que só observa a paisagem ou analisa o intenso tráfego da marginal, enquanto aproveita para pensar na vida.
É interessante perceber como a desigualdade reflete também nas estações. As estações Osasco, Ceasa, tão desprovidas de estrutura e beleza enquanto outras como Vila Olímpia, Morumbi com tanto glamour, cercadas de belos prédios empresariais, arranha-céus imponentes, com gente engravatada e apressada.
O trem tem como finalidade exclusiva o transporte de seus passageiros, mas pode ser, também, um bom negócio, para não dizer um meio de sobrevivência. Driblando a fiscalização, vende-se de tudo no trem: de bala a cortador de unhas.
Tudo isso à margem de um rio, o Pinheiros, que dizem sem vida, mas, de repente, eis que surge uma capivara ou uma garça à sua margem! Em alguns momentos, há bastante tempo para observar essas vidas, pois vez ou outra o trem pára no meio do caminho, entre uma estação e outra e não há o que fazer, senão esperar.
Na volta, no horário de pico, andar de trem é uma aventura. Não é preciso esforço nenhum para entrar. Basta deixar-se levar. O corpo vai para um lado, a bolsa vai para o outro, mas, no final, se reencontram.
No trem, por mais lotado que esteja sempre há espaço para mais um, mais uma história. Aliás, história é o que não falta (mais para frente quem sabe eu dedique um post só com histórias que já vivi e ouvi!).
Os trens partem e as histórias seguem e eu continuo a observar estas pessoas, seus gestos e suas atitudes, brincando de adivinhar a vida do outro. Quantas histórias de vida. Quantas vidas anônimas.
“Todos os dias é um vai e vem
Não somente pelas surpresas que a CPTM oferece como “avarias no material rodante”, o que faz com a operação fique mais lenta, o que faz com que acumulem passageiros nas plataformas, o que faz com que o mar de gente te impeça de chegar até a porta do trem (isso quando a porta do trem não está suficientemente entupida de gente, o que faz com que você nem tente chegar até ela) e, finalmente, o que faz com que o seu dia comece com muita emoção (até demais para o meu gosto!)
No trem, um dia nunca é igual ao outro, porque sempre há pessoas diferentes, com histórias diferentes, mas que de certa forma, criam uma unidade no mínimo interessante. As pessoas interagem. Entre elas, ou com o ambiente. Algumas conversam com amigos (e sempre tem um terceiro pescando a conversa), algumas fazem suas leituras. Tem sempre alguém que aproveita o tempo para recuperar o sono perdido e outro que só observa a paisagem ou analisa o intenso tráfego da marginal, enquanto aproveita para pensar na vida.
É interessante perceber como a desigualdade reflete também nas estações. As estações Osasco, Ceasa, tão desprovidas de estrutura e beleza enquanto outras como Vila Olímpia, Morumbi com tanto glamour, cercadas de belos prédios empresariais, arranha-céus imponentes, com gente engravatada e apressada.
O trem tem como finalidade exclusiva o transporte de seus passageiros, mas pode ser, também, um bom negócio, para não dizer um meio de sobrevivência. Driblando a fiscalização, vende-se de tudo no trem: de bala a cortador de unhas.
Tudo isso à margem de um rio, o Pinheiros, que dizem sem vida, mas, de repente, eis que surge uma capivara ou uma garça à sua margem! Em alguns momentos, há bastante tempo para observar essas vidas, pois vez ou outra o trem pára no meio do caminho, entre uma estação e outra e não há o que fazer, senão esperar.
Na volta, no horário de pico, andar de trem é uma aventura. Não é preciso esforço nenhum para entrar. Basta deixar-se levar. O corpo vai para um lado, a bolsa vai para o outro, mas, no final, se reencontram.
No trem, por mais lotado que esteja sempre há espaço para mais um, mais uma história. Aliás, história é o que não falta (mais para frente quem sabe eu dedique um post só com histórias que já vivi e ouvi!).
Os trens partem e as histórias seguem e eu continuo a observar estas pessoas, seus gestos e suas atitudes, brincando de adivinhar a vida do outro. Quantas histórias de vida. Quantas vidas anônimas.
“Todos os dias é um vai e vem
a vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
(...)
A plataforma dessa estação
é a vida desse meu lugar...”
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
(...)
A plataforma dessa estação
é a vida desse meu lugar...”
quarta-feira, 18 de junho de 2008
De volta para o meu blog!
Eu voltei, agora pra ficar...porque aqui, aqui é meu lugar!
Tempos de correria e preguiça, em proporções iguais...mas cá estou eu de volta ao meu blog!
Sejam re-bem-vindos! (se é que existe isso)
Tempos de correria e preguiça, em proporções iguais...mas cá estou eu de volta ao meu blog!
Sejam re-bem-vindos! (se é que existe isso)
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